terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A Vítima Que Eu Não Sou

Não sou vítima da minha escolha, sou responsável por ela, por ter que passar por suas consequências.
Por causa dela, sou tentada a crescer todos os dias, manejar bem os instrumentos que Deus me dá para vencer um dia de cada vez.
Se ficar inerte às consequências, perco tempo vendo os dias, anos, momentos, pensamentos, oportunidades passarem e nem os toco, muito menos os pego.
Mesmo que hajam dias de pura solidão, sem ter ou sem querer, alguém para conversar e dividir as angústias, medos, tristezas, decepções, confusões;
Mesmo que me pareça tão óbvio o capítulo seguinte, é preciso crescer!
Não sou vítima da minha atual circunstância, do meu adicto, da minha codependência, do meu humor, da minha condição.
Sou mulher, esposa, mãe, pessoa.
Tenho sonhos e causas, tenho vontades e peculiaridades.
Não sou vítima, arrastando a vida entre trancos e barrancos, desistindo aqui e ali, com semblante de quem apenas sofre e nada mais tem a oferecer, a viver, a encantar(se)...
A droga que usa meu adicto e que meu adicto usa não me usa, porque eu não a uso.
O álcool que dissolve quase tudo na vida do meu alcoolista, não pode dissolver minhas emoções, nem meu querer, meu pensar, meu crescer, meu agir, minha fé,  o Meu Deus.
Eu não sou vítima deles nem delas, nem de ninguém.
Fiz uma escolha e escolhi amar.
Só posso colher frutos de amor, seja próprio, seja incondicional, seja ao próximo.

                                                                                                            Kátia Usier



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